Por razões sociológicas extremamente complicadas (ou não) nós portugueses somos um bocadito nervosos no que ao trânsito diz respeito. Basta entrarmos num automóvel para o coração acelerar e o muco amontoar-se nas narinas.
Estes efeitos proporcionam autênticas cuspidelas artísticas, piropos originais e insultos verdadeiramente hilariantes.
Todos nós já insultamos velhinhas nas passadeiras pelo tempo que demoram a atravessá-las (as muletas e a idade avançada não justificam 23 segundos).
E a todos nós já aconteceu sermos confrontados com “sinais de luzes” de condutores anónimos alertando-nos para a presença de uma Operação Stop da Brigada de Trânsito. Nós agradecemos essa gentileza erguendo o braço ou então com o mesmo “sinal de luzes”. Isto é sinal de que há boa-vontade nas estradas e o que é preciso é saber cultivá-la.
No dia 3 de Março (nunca mais me esquecerei desta data), o meu vizinho, sobejamente conhecido pela sua antipatia e mau cheiro, fez-me sinal de luzes e eu agradeci. Fiquei a pensar: “Se este senhor que nunca me diz Bom-dia quando eu o cumprimento me faz “sinal de luzes”, então o mundo não está perdido e vamos conseguir viver em sociedade mais uns anitos!!!”
Como os pensamentos surgem em cadeia, continuei nesta reflexão até que encontrei a solução para quase todos os problemas de convivência nas estradas portuguesas: Em vez de se gastar dinheiro em publicidade e em vez de se tentar incutir algum civismo nas nossas cabeças, porque é que não se fazem milhares de espantalhos vestidos com uniformes da GNR (estou a falar daqueles feitos com palha) e se simulam Operações-Stop????
Desta forma o ser humano mostrava apenas o seu lado bom.
Para além disso, a indústria dos fardamentos iria criar mais postos de trabalho.
É só vantagens!!!
Estes efeitos proporcionam autênticas cuspidelas artísticas, piropos originais e insultos verdadeiramente hilariantes.
Todos nós já insultamos velhinhas nas passadeiras pelo tempo que demoram a atravessá-las (as muletas e a idade avançada não justificam 23 segundos).
E a todos nós já aconteceu sermos confrontados com “sinais de luzes” de condutores anónimos alertando-nos para a presença de uma Operação Stop da Brigada de Trânsito. Nós agradecemos essa gentileza erguendo o braço ou então com o mesmo “sinal de luzes”. Isto é sinal de que há boa-vontade nas estradas e o que é preciso é saber cultivá-la.

No dia 3 de Março (nunca mais me esquecerei desta data), o meu vizinho, sobejamente conhecido pela sua antipatia e mau cheiro, fez-me sinal de luzes e eu agradeci. Fiquei a pensar: “Se este senhor que nunca me diz Bom-dia quando eu o cumprimento me faz “sinal de luzes”, então o mundo não está perdido e vamos conseguir viver em sociedade mais uns anitos!!!”
Como os pensamentos surgem em cadeia, continuei nesta reflexão até que encontrei a solução para quase todos os problemas de convivência nas estradas portuguesas: Em vez de se gastar dinheiro em publicidade e em vez de se tentar incutir algum civismo nas nossas cabeças, porque é que não se fazem milhares de espantalhos vestidos com uniformes da GNR (estou a falar daqueles feitos com palha) e se simulam Operações-Stop????
Desta forma o ser humano mostrava apenas o seu lado bom.
Para além disso, a indústria dos fardamentos iria criar mais postos de trabalho.
É só vantagens!!!