Tenho andado a tentar incentivar algumas pessoas a participarem na vida política através da filiação partidária (independentemente do partido) e tenho obtido as mais variadas respostas, das quais se destaca uma muito recorrente.
É sobre esta que vou escrever...
Dizem-me "essas" pessoas, sustentando um rotundo "Não" à minha sugestão, que "tu deves estar mas é maluco! Na Política é só corruptos e interesseiros".

Eu, desmoralizo a minha insistência face a tamanha rotundez, mas pergunto (a "esses" e a todos os que me lêem)...
Qual é o melhor argumento para se entrar em actividades políticas, o facto da classe política ser fraca ou o facto da classe política ser forte?
...e respondo...
Num plano individual (ou até mesmo egoísta), obviamente que é preferível aderir a grupos socialmente credíveis e prestigiados pois, no caso da política, poderá daí advir um certo reconhecimento dos muitos que vêem a parte pelo todo e, no limite, permitirá uma melhor vivência com o próprio ego.
...volto a questionar...
Mas, se pensarmos no plano conjunto da sociedade, não fará mais falta que aqueles que não se identificam com a Política actual se juntem a ela na busca de a mudar, defendendo os seus ideais no "campo de jogo" em lugar de o fazer a partir das "bancadas"?
Creio que a resposta a esta questão é unânime e, por tal, embora não só, defendo que deve haver uma participação activa nos partidos políticos de todos aqueles que têm nos seus ideais um valor que desejam preservar. (Defino por participação activa todo o "intervalo" entre a simples presença num plenário até à presidência de um partido).
Havendo boa-vontade, são muitas (e muito importantes!) as vantagens de pertencer, cada um na medida das sua capacidade/disponibilidade, a uma estrutura político-partidária - partilhar ideias; ajudar à escansão dos candidatos que saem dos partidos para as diversas eleições e, assim, escolher melhores representantes; representar bases fortes, quantativa e qualitativamente; associar ideias a projectos de/para a sociedade; construir um futuro mais próspero...- enquanto desvantagens não consigo identificar nenhuma.
Os que, in extremis, só têm "toda a moral" para criticar, criticar, criticar, com "zero de acção" devem ter cuidado em cuspir para o ar, pois só conseguem "deitar cá para fora" as suas frustrações e não atingem nada mais senão do que a eles próprios...
...cai-lhes em cima!
Nota: os sites dos partidos, onde podem obter informações acerca da filiação, assim como os respectivos estatutos, têm um link na coluna lateral do PUM...