A Teia

Desde o último grande dia histórico do nosso país, o do regresso da Sr.ª Felgueiras ao rectângulo de todos nós, que guardo em mim uma série de questões que, assim como a muitos de vocês certamente, me vêm inquietando dada a previsibilidade assustadora das respectivas respostas.

Felgueiras Spider, de saída do Rio, regressando ao seu outro país.

Como é que ela não teve medo de voltar?...
Com que moral pode ela falar da maneira que fala?...
Como é que ela conseguiu voltar para a vida que sempre teve?...
E outras à medida que a evolução do caso se foi dando...

Hoje encontrei alguma matéria para saciar as conjecturas que tecia no meu íntimo...

Manuel Pina, colunista habitual do Jornal de Notícias (Por Outras Palavras, última página) , escreve na edição de hoje sobre "O estranho caso do saco azul", onde refere três aspectos que não podiam deixar-me indiferente.

Primeiro: Foi apanhado um juíz conselheiro com a boca na botija (leia-se telefone) a ajudar a amiga "Fatinha", "como da outra vez há dez anos, percebes?".

Segundo: Um ex-procurador em Felgueiras, ex-secretário de estado da justiça, ex-secretário geral da Procuradoria Geral da República e representante de Portugal no organismo que coordena a luta contra a corrupção no espaço europeu (justamente!) foi denunciado por ter entregue à Srª Felgueiras uma cópia da queixa que deu origem ao processo, antes mesmo da PJ ter iniciado as investigações.

Terceiro: Um outro procurador que decidiu constituir como arguidos as testemunhas que denunciaram a autarca, o que levou à anulação dos seus depoimentos e ao regresso do processo à fase de instrução.

Juntando a tudo isto fala-se, ainda, de investidas sobre a Justiça levadas a cabo pelo ex-marido da Srª a fim de pressionar os decisores do processo.

A ser verdade... Grande TEIA!!!